Mulher é condenada a 17 anos por matar e esquartejar o marido em MS 2x496e

Idosa condenada a 17 anos de prisão
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  • Post publicado:12 de junho de 2025
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Aparecida Graciano de Souza, de 64 anos, foi condenada a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato e esquartejamento do marido, Antônio Ricardo Cantarin, em um caso que chocou Selvíria (MS), a cerca de 400 km de Campo Grande. O crime, ocorrido em maio de 2023, teve como agravantes o uso de veneno e a ocultação do cadáver.

O julgamento foi concluído nesta terça-feira, na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, com a leitura da sentença feita pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos. A decisão considerou o homicídio qualificado com agravantes como o uso de substância tóxica e a tentativa de simular outro tipo de morte por meio do esquartejamento do corpo, que foi abandonado às margens de uma rodovia da região.

Inicialmente, Graciano negou qualquer envolvimento. No entanto, após ser confrontada com as evidências, ela itiu ter matado o companheiro. A motivação apresentada pela defesa girava em torno de um histórico de abusos: segundo ela, teria descoberto que era violentada sexualmente enquanto estava inconsciente em razão do consumo de bebidas alcoólicas.

Conforme relatado pela própria ré, os episódios de abuso teriam começado cerca de seis meses após o início do relacionamento. Aparecida disse ter sentido dores constantes e hematomas no corpo, mas evitava buscar atendimento médico por medo de descobrir alguma doença grave, como câncer — que vitimou familiares próximos.

Dias antes do crime, relatou ter identificado marcas nas costas, o que teria levado à confissão do marido sobre os estupros. Ela também afirmou ter recebido ameaças caso tentasse deixá-lo.

Corpo foi jogado em mala à beira da estrada 3u5s5i

A condenada foi presa em flagrante no dia 26 de maio de 2023. Na véspera, a Polícia Civil havia encontrado o tronco de um homem em uma mala, próximo à BR-158, em uma área rural de Selvíria. Vizinhos da vítima já haviam alertado sobre o desaparecimento de Antônio Ricardo, levantando suspeitas que levaram à descoberta do crime.

corpo em malas condenada a 17 anos
Corpo foi esquartejado e abandonado dentro de malas nas margens de rodovia

A justiça determinou uma pena de 12 anos pelo homicídio, agravada em mais 4 anos e 4 meses devido à crueldade com que o corpo foi manipulado após a morte. O tempo de reclusão aumentou em mais 1 ano e 10 dias-multa por causa da ocultação do cadáver, totalizando 17 anos e 4 meses de prisão. O juiz ainda impôs à condenada o pagamento de R$ 10 mil por danos causados.

A decisão, mesmo que ível de recurso, deve ser cumprida em regime fechado. A confissão do crime foi considerada atenuante, mas não foi suficiente para alterar o rigor da sentença.

Interesses financeiros também são apontados 3v4537

Apesar da alegação de legítima defesa da honra feita pela defesa de Aparecida Graciano, o Ministério Público apresentou um argumento alternativo: o possível interesse da autora nos bens do marido, de quem cuidava diretamente.

Para a promotoria, a motivação financeira pode ter sido um dos elementos centrais do crime, embora a ré tenha insistido na versão de que agiu após anos de abuso e ameaças.

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arte whats2 condenada a 17 anos

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