Trabalho infantil: mais de 100 menores foram resgatados em MS nos primeiros meses do ano h4055

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  • Post publicado:13 de junho de 2025
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Durante o período de janeiro a maio de 2025, 103 crianças e adolescentes foram retirados de atividades classificadas como insalubres e proibidas para menores de idade em Mato Grosso do Sul. Os dados são da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), que intensificou as ações de fiscalização em diversas cidades do Estado.

As operações foram concentradas em Campo Grande, Corumbá, Chapadão do Sul e Mundo Novo. Nesses municípios, os auditores encontraram menores com idades entre 11 e 17 anos exercendo funções em ambientes como oficinas mecânicas, borracharias, bares, clínicas veterinárias, lava-jatos, supermercados, laboratórios, farmácias, indústrias e propriedades rurais — todos enquadrados na Lista TIP (Piores Formas de Trabalho Infantil).

Atividades irregulares incluíam serviços com exposição a riscos químicos e físicos i491m

Somente no mês de maio, 47 casos foram registrados. Os adolescentes atuavam como auxiliares de cozinha, garçons, recreadores, auxiliares de mecânico, trabalhadores no campo, controladores de pragas e banhistas de animais, entre outras ocupações vetadas para essa faixa etária por oferecerem perigo à saúde física e mental.

A coordenadora regional da Fiscalização do Trabalho Infantil, Maristela Borges de Souza Saravi, destacou que muitos jovens estavam em ambientes extremamente perigosos, como estufas de pintura automotiva, onde eram expostos à poeira industrial e produtos químicos.

“São situações que podem comprometer permanentemente a saúde e o desenvolvimento dessas crianças”, alertou.

Em comparação com anos anteriores, o número de resgates caiu. Em 2023, 376 menores foram identificados em situações semelhantes, enquanto em 2024 o total foi de 263. A Superintendência explica que parte dos casos vem sendo descoberta por meio do cruzamento de dados no sistema eSocial, além de denúncias anônimas recebidas por canais oficiais.

Com a proximidade do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado nesta quarta-feira (12), as ações de fiscalização foram intensificadas. O superintendente regional, Alexandre Cantero, reforçou a importância da mobilização coletiva no enfrentamento ao problema.

“Nenhuma criança deveria estar trabalhando, muito menos em funções que colocam sua saúde ou integridade em risco”, afirmou.

O órgão orienta que qualquer cidadão pode relatar suspeitas de violação por meio do Sistema Ipê Trabalho Infantil, mantendo o anonimato.

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